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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

PRECISO DE DEUS

Quando o ditador chinês, Mao-Tse-tung, faleceu em 1976, seu mé­dico, o Dr. Li Zhisui, recebeu uma tarefa impossível. O Politburo exi­giu:

O corpo do presidente deve ser preservado para sempre.

O staff objetou. O médico desaprovou. Ele tinha visto os restos secos e encolhidos de Lenin e Stalin. Ele sabia que um corpo sem vida está condenado à podridão.

Mas ele recebera ordens. Vinte e dois litros de formol foram bom­beados para dentro do corpo. O resultado foi horripilante. A face de Mao inchou como uma bola, e seu pescoço ficou tão grosso quanto a cabeça. Suas orelhas esticaram-se em ângulo reto. A substância quími­ca escorria de seus poros. A equipe de embalsamamento trabalhou por cinco horas com toalhas e algodão, forçando o líquido para den­tro do corpo. Finalmente o rosto pareceu normal, mas o peito estava tão inchado, que seu paletó teve de ser fendido atrás, e seu corpo, coberto com a bandeira vermelha do partido comunista.

Isso satisfez para o funeral, mas as autoridades queriam o corpo permanentemente preservado, para ser exposto na Praça da Paz Celestial. Durante um ano, o Dr. Zhisui supervisionou uma equipe trabalhando em um hospital subterrâneo, na tentativa de preservar os restos mortais. Como o resultado foi inútil, uma autoridade oficial ordenou que se fizesse um indivíduo de cera, idêntico ao original. Am­bos, corpo e réplica, foram levados ao mausoléu da Praça da Paz Celestial. Dezenas de milhares de pessoas passaram em fila ante o esquife de cristal, para prestar homenagens ao homem que governara a China por vinte e sete anos. Mas nem o médico sabia se eles estavam vendo Mao ou uma figura de cera.

Não fazemos o mesmo? Não é esta a ocupação da humanidade? Não é esta a esperança do trabalhador compulsivo? Não é esta a aspira­ção do ganancioso, do negociante de poderes, e do adúltero? Não bombear formol para dentro de um cadáver, mas vida para dentro de uma alma?

Enganamos as pessoas numa árdua tentativa de preservar-nos um pouquinho mais. Às vezes, nem nós sabemos se as pessoas estão ven­do o nosso eu real, ou uma figura de cera. Uma flor morta não tem vida. Um corpo morto não tem vida. Uma alma morta não tem vida.

Separada de Deus, a minha alma murcha e morre. A conseqüência do pe­cado, não é um dia ruim, ou um mau humor, mas uma alma morta. O sinal de uma alma morta é claro: lábios envenenadores e boca blasfemadora, pés que se encaminham à violência e olhos que não vêem a Deus.

Agora você sabe porque as pessoas podem ser tão profanas. Suas almas estão mortas. Agora você compreende como alguns religiosos podem ser tão opressivos. Eles não têm vida. Agora você entende por­que o traficante de drogas pode dormir à noite, e o ditador pode viver em paz com a consciência. Ele não a possui.

A função do pecado é matar a alma.

PRECISAMOS, CARECEMOS,

EU PRECISO DE DEUS PARA ME MANTER VIVO.

Havendo percebido o problema, podemos enxergar a solução? A solução não é melhor governo ou educação, nem mais formol no de­funto. Tampouco a solução é mais religião; rituais e doutrinas artifici­ais buscam, talvez, reatar a flor ao caule, mas não conseguem. Não carecemos de mais religião. Carecemos de um milagre. Não precisa­mos de alguém para disfarçar o morto. Precisamos de alguém para ressuscitar o morto.

CONFIE A DEUS TODOS OS SEUS ANSEIOS E PROBLEMAS.

ELE MANTERÁ VOCÊ VIVO

Dornelles


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Não se orgulhe da sua linhagem


"E quanto a você? Você chama a si mesmo de judeu. Você confia na lei de Moisés e se envaidece de estar perto de Deus. Você sabe o que Ele quer que você faça, e sabe o que é importante, porque tem aprendido a lei. Você pensa que é um guia para os cegos e uma luz para os que estão nas trevas. Você acha que pode mostrar aos tolos o que é certo, e ensinar esses que nada sabem. Você tem a lei, por isso pensa que sabe todas as coisas e é dono da verdade." (Rm 2.17-20).

Não se vanglorie de sua linhagem

Isso que você está ouvindo não são fogos de artifício; são granadas. Sete granadas, para ser exato. Sete quentes e ferventes verbos lança­dos bem no centro do legalismo. Ouça como explodem.

“Você chama a si mesmo de judeu.”

“Você confia na lei de Moisés e se envaidece de estar perto de Deus.”

“Você sabe o que Ele quer que você faça, e sabe o que é importante, porque tem aprendido a lei.”

“Você pensa que é um guia para os cegos e uma luz para esses que andam em trevas.”

“Você acha que pode mostrar aos tolos o que é certo, e ensinar esses que nada sabem.”

“...você pensa que sabe todas as coisas.” (Rm 2. 17-20).

Bum. Bum. Bum. Justamente quando os líderes pensavam que ga­nhariam elogios, foram detonados. Paulo disparou: “Vocês, judeus, confiam na lei em vez de confiar no legislador, e ufanam-se de ter o monopólio de Deus. Vocês estão convencidos de que são uma parte dos eleitos privilegiados que ‘sabem’ (sem sombra de dúvidas) o que Deus quer que se faça. E se isso não fosse ruim o bastante, vocês ‘pen­sam’ que são uma dádiva de Deus para os loucos e confusos. De fato, vocês ‘pensam’ que sabem tudo”.

O apóstolo, não obstante, está mais interessado em marcar um ponto que contar pontos, e seu ponto para os religiosos amontoadores de pedras é claro: “Não se vanglorie de sua árvore genealógica”. A fé é profundamente pessoal. No reino de Deus não há estirpe real, ou li­nhagem santa.

Me vem à mente a história do filho do lenhador. Por alguma razão, o menino convenceu-se de que havia fantasmas na floresta. Isso preo­cupou seu pai que, havendo feito das árvores um meio de vida, espe­rava que o filho fizesse o mesmo. A fim de encorajar o filho, o pai deu-lhe seu lenço dizendo-lhe:

— Os fantasmas têm medo de mim, meu filho. Use este lenço, e eles terão medo de você. O lenço fará de você um lenhador.

E assim o rapaz fez. Usou o lenço orgulhosamente, dizendo a todos que era um lenhador. Todavia, nunca entrou na floresta, nem nunca cortou uma árvore, mas desde que ganhara o lenço do pai, considera­va-se a si mesmo um lenhador.

O pai teria sido sábio se houvesse ensinado ao filho que não havia fantasmas, em vez de ensiná-lo a confiar num lenço.

Os judeus confiavam nos lenços de seus pais. Dependiam da aba de sua herança. Não importava que fossem ladrões, adúlteros e escroques (Rm 2.22,23); ainda consideravam a si mesmas como os eleitos de Deus. Por quê? Porque tinham o lenço.

Talvez lhe tenham dado um lenço. Talvez os ramos de sua árvore genealógica estejam carregados de santos e profetas. Talvez você te­nha nascido numa casa pastoral e criado dentes num banco de igreja. Se assim for, seja agradecido, mas não acomodado. Melhor confiar na verdade que em um lenço.

Ou quem sabe você não tenha pedigree. Seus ancestrais estão mais nos registros da prisão, que no rol de professores da Escola Sabatina. Neste caso, não se preocupe. Assim como uma herança religiosa não traz bônus, uma secular não traz déficits. Árvore genealógica não pode salvá-lo, ou condená-lo; a decisão final é sua.

Caro leitor, tente pensar em você arremessando sua âncora em algo que não seja sobre si mesmo.

Um legalista não sabe disso. Ele ancora apenas em si mesmo. Sua segurança provém do que ele faz, de sua linhagem, sua lei e sua tatua­gem. Quando a tempestade desaba, o legalista lança sua âncora em seu próprio esforço. Ele salvará a si mesmo. Além de que, ele não está no grupo certo? Ele não tem a lei exata? E ele não passou pela inicia­ção correta? (Alguma vez já se perguntou por que muitos religiosos têm a vida tão tempestuosa?)

Este é o ponto:

A salvação é tarefa de Deus.

Não Tente Fazer o que Somente Deus Pode Fazer

Marcelo Dornelles